
¨”Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também podemos crescer com os toques suaves na alma”.
Cora Coralina
Tenho uma sensação que desde criança tenho observado o quanto nossos corpos afetam o mundo e o mundo afeta nossos corpos. A cor da nossa pele, nossos gestos, o tom da voz e a nossa forma corpórea. Que guardam a nossa estória e nos conecta com nosso universo único e particular. O meu corpo fala além da minha própria voz, ouve além da minha audição e sente além da minha compreensão.
Foi no teatro que descobri o corpo como veículo de comunicação, o meu coração sempre vibrou na descoberta sensível de descobrir o corpo de cada personagem. E que cada história cria um corpo, uma expressão, um gesto, uma psique e foi nesse lugar que descobri, algo óbvio e intrigante. O corpo fala. O palco me levou a conhecer o meu corpo e o meu corpo me levou a conhecer a minha fala pessoal. Nessa viagem descobri o Yoga, significa união em sânscrito e foi com os asanas, são posturas corporais e os pranayamas, exercícios respiratórios, percebi que existia uma alquimia no corpo que alterava a psique e o inverso também, era verdadeiro, mas foi no contato com o Body Talk que integrei este conhecimento e continuo observando esse processo.
É uma caminhada diária de observação e escuta profunda. Como terapeuta o meu corpo é o meu veículo de escuta profunda para o meu ser que se comunica com a escuta profunda de outros corpos.
De todos os sons e musicalidade que nos cerca dos sons ao redor, o que me mais me assombra e me alegra é o “Tum tum” do coração. Este ritmo inconfundível da vida que reverbera em todos os momentos desde nascimento até a morte, nesta dança de prazer e dor. Esse companheiro inseparável que guarda os nossos segredos mais profundos e mesmo quando todos aos nosso redor parecem tão distantes, ele continua dizer estou aqui contigo.
Desde 2008 tenho observado esta habilidade do corpo se curar e reencontrar o seu ritmo de cura em todos os níveis. Algo acontece na pausa e sinto em meu coração que quando me permito abrir esse espaço de cura e de escuta e descubro uma nova perspectiva do nosso ser e um novo jeito de estarmos no mundo com os nossos corpos e criando uma nova história a partir do nosso coração e do nosso ritmo interno.
“As vezes nossa própria luz se apaga e é reacendida pela fagulha de outra pessoa. Todos temos motivos para pensar em uma profunda gratidão naqueles que acenderam a chama dentro de nós” Conforme citou, Albert Schweitzer, ganhador. Do Prêmio Nobel da Paz.
Que a nossa chama seja compartilhada!
O Body Talk me reacendeu e espero retribuir com profunda gratidão.
Seja bem vindo!
Profissional filiado a IBA – International
Body Talk Association